O que caracteriza
e diferencia o mel produzido no Seridó, é que o mesmo
provém não só das abelhas européias
africanizadas, mas de forma crescente da criação de
espécies nativa principalmente de meliponídeas abelhas
sem ferrão ou indígenas. Isto vem desenvolvendo a
meliponicultura, que explo-ra principalmente a abelha Jandaira (Melípona
subnitida) e o mel produzido conhecido como Mel do Sertão.
A criação
de espécies nativas é importante na região
porque pode gerar renda, além de servir como opção
para recuperar e manter ambientes degradados. As meliponídeas
são também polinizado-ras eficientes, produtoras de
resinas de grande potencial para a indústria agroalimentar
e setor de cos-méticos.
A região
do Seridó apresenta variações topográficas,
climáticas, onde predomina a caatinga, com vegetação
espinhenta, arbustiva e rala, dominada por cardeiros, xique-xique
e outras cactáceas, que permitem a adaptação
de outras espécies de abelhas nativas como rajada (Melípona
asilvae) e a amarela (F. duoderlaine).
O mel do Sertão
produzido pela jandaira, cor de outro, apreciado pela população
nordestina pelo sabor, qualidades medicinais, é um produto
que começa a ser dirigido para mercados exigentes e especiais,
atingindo preços compensadores e portanto com direcionamento
mercadológico diferenciado.