A produção mundial de mel é da ordem de 1,2
milhões de toneladas. Seis países concentram 50% do total produzido.
O mercosul representa 11% do total mundial.
O maior produtor é a China seguida dos Estados
Unidos e Argentina.
Os principais importadores são a Alemanha, Estados
Unidos, Japão França e Reino Unido. As compras internacionais
estão ao redor de 300 mil ton/ano.
Os três maiores exportadores são a Argentina,
China e México.
O consumo mundial apresenta uma tendência crescente
devido a maior demanda em alguns mercados tradicionais e a incorporação
de novos países como Líbano, Arábia Saudita, Oman,
Siria e outros apresentam importante
expansão. O consumo médio mundial é de 220 gr/hab/ano.
Importadores de mel são geralmente países de
alto poder aquisitivo, exigentes em qualidade e comprometimento
de fornecimento.
A demanda dos mesmos não apresenta variaçoes
importantes ante às variações normais de preços do mercado.
O acesso ao mercado por empresas brasileioras
é possível ofertando-se produtos diferenciados, com qualidade,
com o apelo mercadológico de produto natural (livre de resíduos
de produtos veterinários) e principalmente com alto comprometimento
de fornecimento e oferta.
Principais Países Produtores
de Mel
Principais Países Importadores de Mel
Principais
Mercados Consumidores de Mel
Mercado Nacional
1 - Produção e Consumo
O comércio nacional de produtos oriundos da apicultura está
estimado em cerca de 800 milhões de dólares aproximadamente.
Estão incluídos além do mel com valor de três reais o quilo
no mercado de varejo a própolis comercializada, in natura ou
sob a forma de extrato com preços variando de quarenta a noventa
reais o quilo, o pólen, excelente complemento energético cujo
preço varia entre dezesseis a vinte e cinco
reais, a geléia real, a cera, que é usada na fabricação
de cremes, batons e cera para depilação cujo preço está por
volta de dez reais e mais recentemente a apitoxina,
principio ativo do veneno das abelhas, usado na composição de
remédios antireumáticos e antiinflamatórios, cujo valor é altíssimo.
A produção de mel no Brasil pelos levantamentos da FAO foi
de cerca de 22.000 toneladas em 2002, mas os especialistas
falam de uma produção maior de 35.0000 a 40.000 toneladas, sendo
os principais produtores o Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, Piauí e São Paulo.
A produção de mel está diretamente associada à flora apícola,
pois além do volume produzido, a cor e sabor do mel dependem
da espécie botânica da qual extraíram o néctar. Em grande parte
a apicultura no Brasil é através da criação de Apismelliferaatravés da miscegenação
de abelhas européias e africanas, resultando abelhas muito resistentes
a doenças.
O consumo de mel no país é ainda muito baixo. Consome-se apenas
a média de 60 gramas de mel por habitante/ano segundo o professor Luís Carlos Marchini. Neste dado é preciso considerar que na região Sul
do país o consumo varia de 200 a 300 gramas per capita.
Enquanto isso, na Suíça, é consumido 1,5 quilo de mel por habitante/ano.
Na Alemanha, 960 gramas, e nos Estados Unidos, 910.
País
Consumo Habitante/Ano
Suíça
1,5 quilo
Alemanha
0,960 quilo
Estados Unidos
0,960 quilo
Brasil
0,06 quilo
O brasileiro, de forma geral, considera o mel apenas como um
medicamento natural útil para as vias respiratórias. Mas esse
produto das abelhas é na verdade um alimento rico em nutrientes.
Tem grande quantidade de vitaminas e enzimas fundamentais à digestão.
Também contém minerais, ácidos orgânicos, proteínas, aminoácidos
e açúcares que são absorvidos rapidamente, proporcionando calor
e energia ao organismo.
Evolução
da Produção de Mel por Regiões Produtoras
Variável
= Produtos de origem animal
Tipo
de produto = Mel de Abelha (Quilograma)
Estados
Ano
1997
1998
1999
2000
2001
Brasil
19.061.722
18.308.489
19.751.097
21.865.144
22.219.675
Rondônia
81.126
84.390
104.384
164.619
174.865
Acre
-
1.300
1.500
1.800
3.305
Amazonas
210
235
370
498
505
Roraima
9.500
2.400
3.515
4.720
4.720
Pará
40.660
40.019
51.570
83.354
78.285
Amapá
-
-
-
-
-
Tocantins
25.206
21.820
23.890
46.705
55.835
Maranhão
29.324
28.465
21.374
132.478
133.026
Piauí
1.720.094
1.127.118
1.586.541
1.862.739
1.741.078
Ceará
485.211
358.611
521.119
654.791
671.873
Rio Grande do Norte
133.717
161.914
158.596
171.084
160.749
Paraíba
36.311
16.377
17.140
30.036
32.364
Pernambuco
151.695
96.948
101.324
344.325
320.109
Alagoas
20.546
11.839
17.298
13.941
21.200
Sergipe
16.270
15.915
17.062
17.806
31.000
Bahia
205.894
264.691
354.585
520.908
688.105
Minas Gerais
1.278.490
1.572.845
1.884.749
2.100.982
2.068.024
Espírito Santo
176.373
180.840
183.259
176.655
179.725
Rio de Janeiro
428.519
417.853
418.410
405.556
385.255
São Paulo
2.350.441
1.955.927
1.804.969
1.830.345
2.053.218
Paraná
2.418.330
2.208.542
2.540.425
2.870.955
2.925.432
Santa Catarina
3.431.837
3.474.089
3.344.334
3.983.695
3.774.749
Rio Grande do Sul
5.440.110
5.716.684
5.984.766
5.815.448
6.045.420
Mato Grosso do Sul
248.097
212.034
280.393
302.786
340.363
Mato Grosso
218.671
214.529
202.012
191.547
188.188
Goiás
108.610
111.484
117.272
117.371
128.222
Distrito Federal
6.480
11.620
10.240
20.000
14.060
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal
2 - Comércio
Exterior
A - Considerações
O Brasil que sempre foi tradicionalmente importador de mel natural
a partir de 2001 reverteu esta situação exportando 12.640,5 toneladas
equivalente a US$ 23, 1 milhões de dólares e em contra partida
importou apenas 49,7 toneladas correspondendo a US$ 80,8 mil dólares.
Isto ocorreu devido as
restrições quanto ao mel da China devido problemas sanitários
o que desequilibrou a oferta internacional. Como o mel brasileiro
é um produto basicamente colhido e manipulado de forma mais natural
possível o produto nacional passou a ser disputado no mercado
internacional.
É preciso contudo que o setor se organize, padronize
seus produtos e se comprometa com o cumprimento dos contratos
para passarmos a ser um exportador respeitável do mel de abelhas
e em decorrência dos seus produtos